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quinta-feira, 29 de março de 2018

Paradjanov

A alma do poeta
caderno manchado
sangue na adaga
tormento.
Coroa de espinhos
    Poeira de estrelas
    nas narinas do Tempo.
Segredos em voz alta
  Poesia secreta
  Escada celeste
  Telhado poético.
Passos virgens
Lavama a passarela
             mundana.
Tapete voador
Disco galático
Galinha de sangue.
           degolada.
      Heresia cantada.
Baluarte metafísico
      guardando pensamentos
      Longe da esquina do mundo.
Olhar perdido
      no dilúvio infantil
          do banho lácteo.
Violas voadoras
      do trovador mudo
         sangrando silêncio.
O Anjo de Ouro
gira inquieto
na Montanha Sagrada
   do Ancestral Coro.
Borra de café
    transfigurando
textos milenares.
A Deusa Hindu pede graças
   chorando tristezas
        de ouro no
          Templo Templário
        Invocando
           o Beijo do Pavão.

Sábado, 24/03/2018
durante a aula de Pintura e Cinema

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